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Archive for the ‘Cotidiano’ Category

epois de décadas de um “feliz” sedentarismo, eis que resolvo voltar à prática de alguma atividade física. Optei por um tipo de ginástica leve, exercida sempre no início das manhãs. Por óbvio, tudo com a devida, indispensável, competente e prudente orientação profissional.

Desnecessário é dizer que no primeiro dia de ginástica hesitei bastante em ir. Isto porque me sentia um traste, fisicamente falando. Ocorre que, mentalmente, já antecipava as dores decorrente do exercício físico. De cara, imaginei meu joelho reclamando de tudo. As demais juntas de meu corpo, eu tinha certeza disto, logo se uniriam a ele para, em coro, reclamarem também. Quanto à musculatura, esta nem se fala, minha imaginação à via indignada com a mudança brusca de minha rotina. Quanto às minhas costas, bem, é melhor nem comentar o que pensei delas. Enfim, pulando estas frescuras, resumo tudo dizendo que me sentia uma espécie de lixo. E do tipo não reciclável.

Contudo, forcei-me e fui à tal atividade física. O professor parecia um sujeito animado. Sim, eram sete em ponto da manhã e ele já estava bastante eufórico. Senti-me ainda mais cansado, apenas de vê-lo pular. Porém, antes de começarmos, ele fez uma rápida e adequada preleção. Entre o que foi dito, falou que seríamos acompanhados por uma trilha sonora motivacional, para nos dar alento e animação durante a atividade. E, então, os exercícios começaram e a primeira música a tocar foi… “Joga fora no lixo”.

Heim? Pensei. Eu aqui me sentindo um traste e o cara me manda essa aí? Pois é. Descobri que hoje, chamam-na de música motivacional.

Finalizando, digo que resisti bem a toda a sequência de exercícios. O difícil mesmo foi aturar a trilha sonora escolhida como “motivacional”. Agora, prefiro crer que ao longo das manhãs me submeterei a um duplo treinamento. Primeiro, meu corpo será testado pela atividade física e, enquanto isto, minha paciência será testada pelo som ambiente.

Creio que sobreviverei.

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conclusão do que está escrito aqui não necessariamente traz qualquer tipo de verdade. As linhas que se seguem são apenas frutos do reles triângulo nada amoroso que brevemente, no dia de hoje, lançou-me à apatia e ao desânimo.

Esta semana foi interessante quanto à questão da sucessão presidencial aqui em nosso país. À guisa de ilustração, posso citar dois exemplos que são, digamos, aparentemente opostos. Por um lado, o politicamente robusto ACM Neto despontou como o mais cotado para ser o novo vice do atual chefe do Executivo nacional; por outro, parece que ‘uma das oposições’ insistirá no mesmo nome – o poste, alguns apressados dirão – que foi derrotado no último páreo eleitoral.

A julgar por este último e a partir outros tantos nomes que estão surgindo como possíveis candidatos à Presidência da República, como é o caso daquele coronel pindamonhangabense radicado no Ceará, é possível supor algo talvez bizarro: estes nomes estão sendo escolhidos a dedo simplesmente para perder. Há muito a nos indicar que toda esta movimentação política brasileira não passa de mera artimanha, de encenação, de engodo e de farsa. É como se quase todos e todas do mundo político daqui estivessem contentes com o que têm. Será que existem alguéns ali dispostos a de fato mudar o Brasil? Não sei, mas creio que não. O que existe são apenas firula que nos fazem girar, rodar, protestar, para, finalmente, deixaremos tudo exatamente como está. Trata-se de uma pandemia de falta de verdadeiro querer político.

Ludibrium é uma palavra latina de vários significados. Entres esses, encontramos escárnio e desprezo. E assim segue a política brasileira, escarnecendo e desprezando quem ela deveria cuidar.

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. Pauta única

or acaso, lembrei-me hoje daquele psicopata chamado pica-pau. Sim, aquele mesmo do desenho animando. Mais especificamente, relembrei de uma certa passagem, onde ele entra numa cabaninha indígena, daquelas bem caricatas, com o formato próximo ao de um cone. A cabana é minúscula. Contudo, coisas de uma imaginativa animação, ao se adentrar nela, eis que o pica-pau se depara com um mundo. Lá dentro estão carros, aviões, índios, animais, árvores, pássaros etc. Tudo o que você fantasiar poderia estar lá dentro também.

O que me provocou minha lembrança foi a rádio CBN. Já não a escutava faz meses. Contudo, hoje, ao sair de carro, liguei o rádio quando parei num sinal. Estava passando pelas estações e, inadvertidamente, o sinal abriu e tive que deixar o rádio para lá, sintonizado bem na CBN. Sem me estender muito, digo apenas que escutei cerca de cinco minutos de sua programação. Dentro desses breves minutos, foram cerca de cinco horas de papo frouxo achincalhando o governo federal. Daí ter me lembrado daquela medonha cabana.

Logo avisando, não me incomodam reportagens embasadas que falem bem ou mal sobre qualquer governo. Contudo, algo que não cabe em minhas preferências é a famosa “pauta única”, sempre histérica e ressentida, que apenas tem a capacidade de afugentar a própria audiência. E foi o que mais uma vez aconteceu comigo.

Como há muito nos ensinou o nobre Raulzito, mudei a estação.

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termo grego “Areté” originalmente significa coragem. Ele também indica excelência, virtudes e às vezes é empregado em consonância com a palavra justiça. Há também uma personificação de “areté” em uma deusa que leva este nome e que participa, por exemplo, do mito do grande herói Héracles, um dos exemplos maiores da coragem helênica. Com o tempo, o termo passou também a fazer parte da formação do cidadão grego, englobando o estudo da filosofia, da ciência, da oratória e de tantas outras disciplinas. Em suma, o grego considerava uma pessoa de coragem tanto aquela capaz de realizar grandes atos quanto a que se aventurava na longa e difícil seara do saber.

Porém, isto foi na Grécia Antiga.

Atualmente, há quem considere corajoso o sujeito com a face escondida, acobertado por um bando insano, que ferozmente ataca, incendeia e destrói prateleiras de inseticidas, de biscoitos e de latas de atum em conserva nos supermercados. Resumindo, atualmente, a coragem passou a ser um mix de crime e imbecilidade coletiva.

(Obs.: foto de OGlobo)

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