Deparei-me com um texto sobre a vida de certo “revolucionário”. Como o dia do aniversário de sua morte é hoje (9/10), está acontecendo de falarem um pouco mais a respeito dele do que de costume. Sua biografia é pesada, tão recheada que é de assassinatos, talvez também de homofobias e racismos, além de abusos e de absurdos cometidos contra os mais diversos tipos de pessoas. Todavia e apesar de tudo, a visão romântica que ainda hoje existe a respeito de tais “espíritos revolucionários”, faz com que alguns ainda os idolatrem. Este é um mal contemporâneo: a falta de referências sadias faz com que desavisados cultuem a perfídia. Infelizmente.
Um dos episódios considerados mais marcantes da vida do citado revolucionário se passou em plena ONU. Num discurso lá proferido, ele defendeu aos berros o franco uso do fuzilamento conta seus inimigos. Sim, ele defendeu o fuzilamento sumário de seus adversários em plena ONU. Pois é, há muito a ONU permite discursos canhestros como esse. Sobre o assunto em si, por louco que pareça, até em nossos dias atuais ainda há quem defenda a prática do fuzilamento. Aqui no Brasil, por exemplo, pelo menos dois professores de universidades federais defenderam publicamente o fuzilamento de quem tem pensamentos diversos dos deles. Felizmente, entre os docentes, estes malfadados exemplos são exceções.
Há um bem velho adágio que diz que quem com ferro fere, com ferro será ferido. Neste sentido, quis a irônica Providência que o tal revolucionário defensor do fuzilamento tenha perecido justamente como vítima de fuzilamento. Parece até aquele velho monstro que morde o próprio rabo, fazendo-se presente novamente. Como não desejo mal a quem quer que seja, resta-me torcer para que a mesma Providência que executou o revolucionário, por misericórdia, poupe aqueles outros dois deste cruel fadário.
![](https://pm1.narvii.com/6650/ccf5ada01e0c066109fec74a6ab62b31f1582598_hq.jpg)
Deixe um comentário